Santa Tereza d’ Ávila

Santa Teresa, para nós, se apresenta como doutora da Igreja pelos seus escritos. Apresenta-se como mulher orante e por fim, como profunda conhecedora da alma humana. E isso nos aproxima dela, pois também nós, enquanto Carisma dom de Deus, devemos nos aproximar sempre da alma humana. A determinação e confiança, dessa Doutora da Igreja, na providência e ação concreta de Deus faz com que desejemos alçar voos cada vez mais longos.

Santa Teresa propõe as virtudes evangélicas como base da vida cristã e humana; o amor de uns aos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade e o amor à verdade; a determinação como resultada da audácia cristã; a esperança teologal, que descreve como sede de água viva.

Enfatiza quão essencial é a oração: rezar significa “tratar de amizade com Deus, estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama” (Vida 8, 5).

No ensinamento desta grande mulher encontramos a importância da centralidade da humanidade de Cristo. Para Teresa, na verdade, a vida cristã é uma relação pessoal com Jesus que culmina na união com Ele pela graça, por amor e por imitação. Vive um amor incondicional à Igreja: ela manifesta um vivo sensus Ecclesiae frente a episódios de divisão e conflito na Igreja do seu tempo.

Um último aspecto fundamental da doutrina de Teresa é a perfeição, como aspiração de toda vida cristã e sua meta final. A Santa tem uma ideia muito clara da “plenitude” de Cristo, revivida pelo cristão. No final do percurso do “Castelo Interior”, na última “morada”, Teresa descreve a plenitude, realizada na inabitação da Trindade, na união com Cristo mediante o mistério da sua humanidade.

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